Curiosidades

PITÁGORAS E A MÚSICA


Pitágoras descobriu que a altura de um som tem relação com o

comprimento da corda que, ao vibrar, o produz. Ex.: Se dobrarmos o tamanho

de uma corda que produz a nota dó, obteremos a mesma nota, mais grave. Ele

identificou, ainda, as subdivisões necessárias para se obter as demais notas. A

ele é atribuído a descoberta doas intervalos musicais.

PITÁGORAS E A ASTRONOMIA

Pitágoras pensava que a Terra era uma esfera no centro do Universo.

Para ele, o Sol, a Lua e os planetas apresentavam órbitas próprias. Isso lhe

permitia concluir que esses astros não se situavam a mesma distância que as

estrelas, mas que todos eles estavam situados numa camada esférica mais

próxima.

PITÁGORAS E A RELIGIÃO

Sob o aspecto religioso, o pitagorismo assentava-se, fundamentalmente

na crença da imortalidade da alma, cuja purificação ocorreria através de

sucessivas reencarnações em corpos vivos, até que ela viesse a ter condições

de libertar-se de invólucros mortais para confundir-se com o espírito divino.

Essa tese, de clara feição ética, foi desenvolvida com deliberada cautela, para

que não se provocasse rompimento com a religião popular e politeísta, muito

ao contrário, foi desenvolvida a partir dos mitos e cultos vigentes.

Em virtude desses crenças, os pitagóricos pregavam o vegetarianismo,

pois acreditavam eles que na transmigração das almas, as mesmas poderiam

ocupar o corpo de um animal, o qual mais tarde poderia ser morto para servir

de alimento.

Por causa disso, Pitágoras é também conhecido como o “pai de

vegetarianismo”. Dizem que até o final do século XIX. Quem se alimentasse de

uma dieta sem carne, era chamado de Pitagórico.

OS “PITAGÓRICOS”

Foi em Crotona, importante cidade da Magna Grécia, que Pitágoras

fundou a Escola ou Sociedade de Estudiosos, a qual se tornou conhecida em

todo o mundo civilizado como o centro de erudição na Europa. Foi ali que,

secretamente, Pitágoras ensinou a sabedoria culta que havia coligido dos

ginosofistas e brâmanes da Índia, dos hierofantes do Egito, do Oráculo de

Delfos, da Caverna de Ida e da Cabala dos rabinos hebreus e magos caldeus.

Cada membro da Escola de Pitágoras, era obrigado a passar um

período de cinco anos de contemplação, guardando perfeito silêncio; os

membros tinham tudo em comum e algumas de suas características são as

seguintes:

- obstinham-se de alimentos de origem animal;

- acreditavam na doutrina da metempsicose;

- tinham uma fé ardente e absoluta no seu mestre e fundador da

Escola;

- a ninguém era permitido registrar por escrito qualquer princípio ou

doutrina secreta, e, pelo que se sabe, nenhum discípulo jamais violou

a regra até depois da morte de Pitágoras e da dispersão da Escola;

- seu símbolo, era o que usa chamar-se a Estrela de Itália ou Estrelas

de Cinco Pontas.

O PITAGÓRISMO E OS NÚMEROS

O pressuposto filosófico de que os números são o modelo das coisas

dominou a escola pitagórica. Assim, a determinados números, principalmente

os dez primeiros, eram atribuídas virtudes especiais. Isso levou o pitagorismo a

concentrar suas atenções nos números inteiros, em detrimento dos fracionários

e irracionais. Estes últimos, cuja descoberta se deve aos próprios pitagóricos,

eram sistematicamente desprezados nos cálculos aritméticos.

Para os pitagóricos, os princípios que governam os “números” eram,

supunha-se os princípios de todas as “Existências Reais”. Como os “números”

são os componentes primários das Grandezas Matemáticas e ao mesmo

tempo, apresentaram muitas analogias com várias realidades, deduzia-se que

os elementos dos “números eram os elementos das “realidades”.

Eis, aqui, alguns exemplos:

Número 1 – representava a razão, pois era inalterável;

Número 2 – representava o masculino;

Número 3 – representava o feminino;

Número 4 – representava a justiça, pois era o primeiro produto de dois

números iguais ( 2 x 2 = 4 );

Número 5 – representava o casamento, a união do primeiro número

masculino com o primeiro número feminino ( 2 + 3 = 5).
 
 
Mais algumas curiosidades:
 
Pitágoras e os pitagóricos foram os primeiros a estabelecer a demonstração com base num raciocínio dedutivo. A eles se deve também a palavra Matemática que para eles significava "ciência por excelência".


A Escola Pitagórica, fundada em Crotona, admitia pessoas de ambos os sexos. Aliás, Teano, a esposa de Pitágoras, foi provavelmente a primeira matemática da história.

No entanto, os membros desta irmandade estavam sujeitos a normas muito rigorosas pois tinham que viver castamente, seguir uma dieta rigorosa e manter uma atitude contida e sossegada. Era proibido o riso e deviam cultivar o hábito da autocrítica.Os alunos estavam divididos em dois grupos, os externos e os internos.

Só os alunos internos tinham contacto directo com Pitágoras. Os alunos externos viam Pitágoras apenas depois de quatro anos de curso, durante os quais recebiam as suas lições escritas e autenticadas com a fórmula "autos efa" que significa "o que ele disse", para dar a entender que não existia discussão possível.

Convencidos de que estavam a formar uma sociedade selecta e predestinada pelos deuses a pôr em ordem a vida dos homens comuns, os pitagóricos decidiram fundar em Crotona, com base nas verdades filosóficas elaboradas por "o mestre", a república ideal.

Conta a história que, em determinado momento, os habitantes de Crotona deram-se conta de que todas as magistraturas estavam ocupadas por pitagóricos e que estes estavam quase a converter a cidade naquilo em que Pitágoras havia convertido a sua academia, uma espécie de prisão. Então, dispostos a modificar esta situação, rodearam a academia. Pitágoras fugiu, a meio da noite e em roupa interior, mas acabou por ser alcançado e morto pela população em fúria.

Aos pitagóricos é atribuída a máxima " Tudo é número ", mas a noção que eles tinham de número correspondia a números inteiros ou fracionários. Por isso, quando descobriram os irracionais mantiveram essa descoberta secreta, para não porem em causa a sua própria teoria